
"Certo, eu nunca fui um rapaz perfeito, e no meu ponto de vista eu cometi bastantes erros. Todas as vezes que eu perguntava: "Amor, estás bem?" Ela respondia-me: “Sim amor, estou”. Mas eu não entendia o porquê de ela baixar sempre a cabeça para responder a isso. Quando saíamos, ela vivia olhando para o nada, distraída e muito pensativa. E quando estava ao pé de mim, olhava no mais profundo dos meus olhos. O tempo foi passando, e era como se ela estivesse cada vez mais distante .. As coisas começaram a mudar de um jeito tão rápido, e impossível de parar. E eu perguntava-lhe o que se tinha passado com ela, o motivo da estranheza delas nos últimos tempos .. E eu simplesmente não conseguia compreender. Aos poucos ela foi deixando de me procurar, desesperei … fiquei louco. Então os meus dias foram dedicados a uma única coisa: fazê-la feliz. E num dia ela tinha desaparecido, de algum modo tinha ido embora. Eu tentei ligar-lhe, chamava e ela não atendia. Deu-me tristeza, raiva, e revolta. Somente por ela ter desaparecido assim, por não me procurar e não me avisar. Deixei o meu orgulho falar mais alto e resolvi que não iria correr atrás dela. E todos os dias eu sentia-me como se tivesse morrido uma parte de mim. Ia todos os dias aos lugares que costumávamos ir juntos, e ela não me saia da cabeça. E o que mais doía, era ver que ela não estava lá. Nunca mais a vi, e perguntei a uma amiga dela: “Ela está bem?” e ela respondeu: “Tu conhece-la, acho eu.” Comecei a pensar em como a deixava sozinha, em como lhe podia ter dado mais atenção, ter reclamado menos e exigido também menos dela. A minha vida virou em torno disso e tive que me acostumar. Eu hoje percebi, eu perdi-a."
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